1. IDENTIFICAÇÃO
1.1. Dados da Escola
Nome completo: Escola de Educação Básica Professor Rudolfo Meyer.
Endereço: Rua Copacabana N° 1245
Bairro: Floresta - Cep: 89211-318 – Joinville SC. - Telefone e Fax: (47) 34360769
Nome do Diretor: Hugues Brasílio Torres
2. BREVE HISTÓRICO DA ESCOLA
Data de fundação: 22/09/1973
Modalidades Atendidas: Ensino Fundamental e Médio
Número de Alunos: 780
Número de Professores: 32
Grupo Gestor: 08
Número de Funcionários: 05
3. RESUMO DO PROJETO
Título: Sacola Ecológica Permanente
Coordenação: Joyce Caldart Profª. de Arte e,
Marialba Pereira Rapouso - Supervisora Escolar
Envolvidos no Projeto: Jordelina B. A. Voos – Orientadora Educacional,
Laura Schroeder – A. P.P. e Doris Borba - Clube de Mães
Turmas do Ensino Fundamental (17) e do Ensino Médio (07)
Duração do Projeto: Permanente
Envolvidos na Execução: Grupo Gestor e Corpo Docente
Beneficiados pelo Projeto: Escola e Comunidade
4. PROBLEMÁTICA
Aquelas inocentes sacolas plásticas que usamos para empacotar produtos, não são nada inocentes!
Com o aumento e a intensidade da industrialização têm-se dois fatores principais de origem de produção de lixo, que é resultante da atividade diária do ser humano na sociedade. À medida que cresce a população, cresce também a necessidade de bens de consumo direto, gerando transformação cada vez maior de matéria prima em produtos acabados, acarretando maior quantidade de resíduos, que mal acondicionados comprometem o meio ambiente, em detrimento da qualidade de vida.
Sendo assim, podemos afirmar que o lixo é inesgotável e os problemas gerados por ele ao meio ambiente são irreversíveis. Um deles que passa despercebido inocentemente, é a sacola de plástico.
A sacola de plástico é um objeto utilizado no cotidiano, para transportar pequenas quantidades de mercadorias. Introduzidas nos anos 70, depressa se tornaram muito populares, especialmente através da sua distribuição gratuita nos supermercados e outras lojas. É também uma das formas mais comuns de acondicionamento do lixo doméstico e, através da sua decoração com os símbolos das marcas, constituem uma forma barata de propaganda para as lojas que as distribuem.
Podem ser feitas de polietileno de baixa densidade, polietileno linear, polietileno de alta densidade ou de polipropileno, polímeros de plástico não biodegradável, com espessura variável entre 18 e 30 micrometros. Anualmente, circulam em todo o mundo entre 500 bilhões a 1 trilhão destes objetos, causando sérios problemas ambientais.
O elevado número de sacolas produzidas por ano (cerca de 150 por pessoa, por ano) e a natureza não biodegradável do plástico com que são produzidos. Além disso, a manufatura do polietileno faz-se a partir de combustíveis fósseis e acarreta a emissão de gases poluentes.
Calcula-se que cerca de 90% das sacolas de plástico acabam a sua vida em lixeiras, ou como lixo. Este número pode parecer assustador, mas na verdade estes objetos ocupam apenas cerca de 0,3% do volume acumulado nas lixeiras. Mesmo assim, dada a sua extrema leveza, se não forem bem acondicionadas têm a tendência de voar e espalhar-se pelo meio ambiente. Esta situação pode provocar outros tipos de poluição, que, por exemplo, na China ganhou o nome de poluição branca.
Nos países menos desenvolvidos, onde não existem métodos eficazes de recolha e acondicionamento de lixo, as sacolas de plástico são quase totalmente abandonadas depois do uso e acabam invariavelmente nos cursos de água. No Bangladesh, por exemplo, a questão atingiu proporções alarmantes, que exigiram a tomada de medidas drásticas para evitar que cerca de 10 milhões de sacos de plástico usados por dia, tivessem como destino os rios e sistemas de esgotos do país. O rio Buriganga que banha Dacca, a capital, ganhou por diversas vezes barragens artificiais de sacos de plástico e os entupimentos de esgotos foram responsáveis pelas cheias devastadoras registradas em 1988 e 1998.
Quase todos as sacolas de plástico não acondicionadas em lixeiras acabam, mais cedo ou mais tarde, por chegar aos rios e aos oceanos. Os ambientalistas chamam a atenção há vários anos para este problema e citam o fato de milhares de baleias, golfinhos, tartarugas e aves marinhas morrerem anualmente asfixiadas por sacos de plástico. O caso mais dramático ocorreu em 2002, quando uma baleia anã deu à costa da Normandia com cerca de 800 kg de sacos de plástico encravados no estômago.
Países mais evoluídos como a Irlanda, tomaram medidas sobre a produção descontrolada de sacolas de plásticos ao introduzir PlasTax em 2002. Um imposto que cobra 0,15 € ao consumidor por cada saco distribuído. O resultado desta iniciativa foi a angariação de cerca de 23 milhões de euros para serem investidos em projetos ambientais e uma redução no consumo de 90%. O Reino Unido encontra-se de momento a estudar a hipótese de aplicar legislação semelhante. Na Alemanha, os sacos de plásticos são pagos pelo consumidor em todos os supermercados e é habitual o uso de sacos de pano reutilizáveis ou caixas de cartão.
Em alguns países africanos, o problema chegou a tais proporções que na África do Sul o saco de plástico foi apelidado de flor nacional por Mohammed Valli Moosa, o Ministro do Turismo e Ambiente. Este país introduziu recentemente uma lei que torna ilegal o uso de sacos com menos de 30 micrômetros, uma medida destinada a torná-los mais cara e fomentar o reuso.
Em Bangladesh, a manufatura, compra e posse de sacos de polietileno é expressamente proibida por lei e implica multas pesadas e até penas de prisão para os reincidentes. A iniciativa prejudicou gravemente a indústria do plástico, mas possibilitou oportunidades de negócio para as crianças de rua, que passaram a ganhar a vida a vender sacos artesanais de papel. No estado indiano adotaram-se medidas semelhantes pelos mesmos motivos e a reincidência na posse destes itens pode valer 1,500 € de multa e pena de prisão até sete anos.
No Brasil, o uso de sacolas de plástico é generalizado e na maioria das lojas é distribuída gratuitamente. Não parece ser uma preocupação, ao menos se fala muito pouco a respeito. Entretanto, estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro, já aprovaram leis proibindo o uso.
Os cientistas e pesquisadores buscam soluções para os problemas ambientais causados pelo uso indiscriminado do plástico. Foram desenvolvidos materiais plásticos biodegradáveis que prometem, a um custo um pouco maior, resolver o problema ambiental causado pelos sacos comuns. Consta que um saco plástico comum pode demorar cerca de 100 anos (dependendo da exposição à luz ultravioleta e outros fatores) para se decompor, enquanto que o novo material levaria cerca de 60 dias.
Como Instituição de Ensino, temos o dever de promover campanhas de conscientização quanto à preservação do meio ambiente comprovando que esta ação trará ao planeta e às pessoas para o viver com qualidade evitando:
• entupimento de canos de esgoto e pluviais;
• problemas para animais aquáticos, que ficam presos dentro de sacolas ou ingerí-las acidentalmente por confundí-las com águas-vivas (e a mesma sacola pode ser ingerida por vários animais em sucessão, pois ela não se decompõe);
• intoxicação e até morte de animais como vacas e ovelhas;
• um problema estético: sacolas voando ou espalhadas pelo chão são visualmente desagradáveis.
Por conta disso, a Gerência de Educação e o Sindicato das Panificadoras, ambos de Joinville, Estado de Santa Catarina, propõem resgatar o hábito do uso de sacolas reaproveitáveis e ou permanentes minimizando os riscos ambientais.
5. OBJETIVOS
5.1. Objetivos Gerais
- Minimizar o uso indiscriminado de sacolas de plástico preservando, assim, o meio ambiente.
- Promover a mudança de hábito em relação à questão do uso e do descarte de resíduos sólidos não degradáveis.
5.2. Objetivos Específicos
- Demonstrar que, o uso de sacola ecologicamente correta, melhora a limpeza da cidade, pode ser realizada por todos, além de salvar o planeta.
- Exercitar atitudes concretas de cidadania;
- Estimular a pesquisa sobre os problemas causados pelo acúmulo de lixo plástico, quando utilizado inadequadamente e depositado em locais impróprios;
- Envolver as lideranças comunitárias e a comunidade escolar em ações ambientais.
6. DESENVOLVIMENTO
Inicialmente é preciso informar a comunidade escolar e levá-la a refletir sobre a questão, bem como suas conseqüências ao meio ambiente.
Serão realizadas reuniões com a equipe administrativa, técnica e docente para o planejamento das ações. Caberá aos educadores propor diretrizes bem como fundamentação teórica e orientação à prática de observação do meio onde estão inseridos, comprometendo-se com as ações de preservação.
Os educandos deverão ser desafiados a pesquisar, analisar, observar, levantar dados, fazer visitas e relatórios, diagnosticar, elaborar gráficos, fazer paralelos entre o antes e o agora, entrevistar, concluir e relatar como a comunidade procede com relação ao uso de sacolas de plástico e ao meio ambiente.
Mediante as informações, sugerir propostas de melhoria, promover seminários para debater o assunto em questão, elaborar cartilhas, confeccionar cartões, cartazes, sacolas permanentes, montar jornais e exposições dos resultados das ações.
A escola deverá buscar parcerias para apoiar e significar o projeto.
Serão marcadas visitas e entrevistas com as lideranças comunitárias (Associação de Moradores, Associação de Pais e Professores e Clube de Mães), lideranças religiosas e os responsáveis por empresas, indústrias e comércio em geral.
7. RESULTADOS ESPERADOS
- Conscientização sobre questões ambientais;
- Mudanças nos hábitos e comportamentos em relação ao meio ambiente e atitudes com relação ao destino das sacolas de plástico.
- Criação de um programa de educação que trará melhoria na qualidade de vida dos educandos;
- Interação da escola com a comunidade, por meio de troca de experiências em torno da proposta da educação ambiental;
- Redução do descarte de resíduos sólidos não degradáveis;
- Atuação na comunidade exercendo a responsabilidade social;
- Percepção de todos que é nas pequenas ações que podemos atingir resultados significativos.
8. PLANO DE AÇÃO – 2008
8.1 Envolvimento da Comunidade Externa
8.2 Envolvimento da comunidade Escolar
9. RECURSOS UTILIZADOS
Sala Ambiente de Arte, de Som e Imagem e demais Salas de Aula;
Laboratório de Informática e uso da Internet para Pesquisa
10. Avaliação
- Participação das atividades cotidianas de cuidado e respeito aos ambientes coletivos (principalmente os da escola).
- Atitudes de reconhecimento:
- Da necessidade e da dependência que a humanidade tem dos recursos naturais, pela presença destes em tudo o que utiliza, das diversas formas de trabalho e técnicas adotadas para converter aqueles recursos materiais disponíveis em objetos de uso ou consumo;
- De evitar o desperdício dos recursos naturais que usa em sua vida diária.
- De que a qualidade de vida está ligada às condições de higiene e saneamento básico, à qualidade do ar, da água e do espaço, assumindo por meio de atitudes cotidianas a valorização da qualidade do ambiente.
11. Bibliografia
FIGUEIREDO, P. J. M. A Sociedade do Lixo: Os resíduos, a questão energética e a crise ambiental (prefácio de A. Oswaldo Sevá Filho). 2ª
ed. Piracicaba: Editora Unimep, 1995.
DIAS, G. F. Educação Ambiental: Princípios e práticas. 6ª ed. São
Paulo: Editora Guia, 2000.
MIRANDA NETO, M. J. da. A opção agroambiental: Dependência
alimentar e exploração da miséria, lucros do caos e paradoxos do
progresso. Belém: Editora Cejup, 1996.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA. Tabela:
População residente (por sexo e situação do domicílio); população
residente de 10 anos ou mais de idade; população total, alfabetizada e taxa de alfabetização, segundo os Municípios.
http://www.ibge.gov.br/ibge/estatistia/populacao/censo2000/univers
o.htm.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Conselho Nacional do Meio
Ambiente.http://www.mma.gov.br/port/comama/res99/res25799.htm


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